terça-feira, 13 de março de 2012

Marina




Mar e rima.
Tarde de sol e festa,
Eu te desenho com as mãos já gastas,
pela areia fina.
O azul dos olhos que reflete o céu sem nuvens,
O azul que se espelha nas ondas,
Onde se espalham suas mãos de menina.
E a onda se faz amiga da poesia.
Da poesia que existe em tudo que está,
Em tudo que a rodeia.
Nos peixes da costa que vem brincar entre teus pés.
Na canção que te eterniza, na canção dos pássaros,
Das ilhas celestes ao infinito.
O infinito cabe na rima que te eterniza.
Nas ondas do oceano, eu vejo a tua estória.
Envolta em mar, envolta em rima.
Tuas mãos tão brancas a recolher conchinhas.
A brincar com a vida, a jogar com a sorte.
Alegres estão os mares por estarem aos teus pés,
Tristonhos estão os campos, por teres sido arrancada de lá.
Flor de outono.
Tão rara e fugídia como as estrelas cadentes.
E quem sabe não veio do céu a estrela que tens entre as mãos?
E quem sabe não é do mar a estrela que guardas no coração?

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